COMO FAÇO PARA SER UM MONGE BUDISTA?
A todos, Namaste!
Muita gente quer, ou pelo menos PENSA que quer, seguir a vida monástica, tornando-se monge ou monja buddhista… Antes de largar pai e mãe, família, apartamento, universidade e emprego para embarcar numa canoa furada, é bom pensar em uma série de fatores!
Tornar-se um monge não é coisa de filme de Kung-Fu nem de documentário sobre o Tibet. É uma decisão sobre a vida REAL, uma decisão pessoal extremamente séria! Considere que vivemos todos numa sociedade cada vez mais globalizada, vorazmente competitiva onde achar um lugar no mercado de trabalho é cada vez mais difícil. Pior ainda é sair desse mercado e depois de passar anos ausente, tentar retornar a ele! Passar alguns anos sem trabalhar e retornar ao Brasil “com uma mão na frente e outra atrás” é algo sério e bastante arriscado.
Um treinamento monástico, não importa que tipo de Tradição Buddhista o postulante escoha, é rígido, disciplinado, exigente e, acima de tudo CARO! É bom que fique claro que, para se tornar monge, o candidato deve ter dinheiro suficiente para uma viagem à Ásia, onde terá que se manter financeiramente, com despesas a cada três meses (ou menos!) para ir de trem ou avião a outro país a fim de renovar seu visto de permanência, isto, considerando que o país para o qual seja enviado tenha relações diplomáticas com o Brasil e o aceite como morador temporário… Todas as despesas, incluindo com eventuais emergências, correm unicamente por conta do postulante a monge e a maioria dos mosteiros não demonstra o menor interesse por esses problemas pessoais.
Realisticamente falando, o lado financeiro é um ponto muito importante a ser considerado. Tanto ou mais que a questão da VOCAÇÃO para a vida monástica. Se alguém pensa que, ao se tornar monge, nunca mais vai se preocupar com problemas financeiros, este alguém está muito enganado.
Uma grande dificuldade no Brasil (e em outros países ocidentais) é a falta de mosteiros e monges onde e por quem um(a) candidato(a) possa receber o treinamento. Isto torna necessário que a pessoa interessada seja enviada para a Ásia. Na verdade, mesmo que houvesse no Brasil algum lugar e monges/monjas aptos a treinar noviços e noviças, eu considero fundamental uma vivência de alguns anos na Ásia para um processo de imersão na realidade asiática como fortalecimento da vida monástica.
A situação é, COM CERTEZA, muito mais difícil para o caso de mulheres que querem ser monjas. O machismo das sociedades asiáticas é marcante e muito forte. Há um grande preconceito, dentro dos próprios mosteiros e tudo torna a vida de uma monja ainda mais difícil que a dos monges.
Uma vez alertado para essas dificuldades iniciais, o candidato que queira ser monge ou monja budista deve estar ciente de que existem várias Tradições ou Escolas de Budismo e, embora todas venham da mesma raíz dos Ensinamentos do Buddha, têm diferenças culturais tão diversificadas quanto o Catolicismo e o Candomblé, por exemplo! Assim sendo, considero muito interessante que a pessoa interessada em ser monge procure conhecer ao máximo cada Tradição – lendo, estudando, pesquisando e, principalmente, visitando grupos e templos budistas para saber se realmente se identifica ou não com o modo de vida monástica de cada Tradição, antes de mergulhar numa empreitada, do outro lado do mundo e, em pouco tempo se decepcionar, frustrar e acabar culpando o Budismo como um todo, por causa de uma experiência fracassada.
Uma vez feita a opção, o candidato ou candidata à vida monástica deve procurar o grupo ou templo da Tradição na qual quer se ordenar e procurar saber se eles dão esse tipo de orientação. Aqui também é preciso esclarecer que a GRANDE MAIORIA dos grupos de estudo de Budismo é formada e dirigida por leigos que não são capazes de dar orientação alguma sobre ordenação monástica, já que seus monges orientadores nem vivem no Brasil e só aparecem por aqui raramente. Poucos são os templos budistas e, menos ainda os que têm condições de orientar interessados em ser monges ou monjas.
Consideremos, então, que o(a) candidato(a) à vida monástica tenha dinheiro suficiente para se manter na Ásia, possa pagar a passagem e tenha encontrado um mosteiro onde iniciar o treinamento. É bom que saiba que o treinamento não será em Inglês e, para falar a verdade, o conhecimento desse idioma vai ajudar muito pouco ou NADA na maior parte dos países asiáticos (com raras exceções, como a Índia, Sri Lanka, Malásia e o Nepal). Em países como Taiwan, Tailândia, Camboja e China é raríssimo encontrar alguém que consiga entender alguma palavra em inglês. Portanto, antes de pensar em estudar Escrituras Budistas, é importantíssimo ter conhecimento do idioma falado no templo – tailandês, tibetano, chinês ou qualquer outro, dependendo da Tradição escolhida. Isto é algo a ser pensado antes de deixar o Brasil. Pode ser uma boa idéia ter pelo menos uma noção básica do idioma a ser usado, com o uso da internet (auto-didata) ou, melhor ainda, com aulas particulares com um professor nativo.
Com tudo pronto para o embarque, a pessoa que quer ser monge ou monja budista não deve pensar que em poucos meses estará de volta ao Brasil usando o manto monástico! O processo normal deve incluir alguns meses (variando de uma Tradição para outra) na condição de postulante; a pessoa fica no templo, geralmente vestindo apenas roupas brancas ou um uniforme… Faz serviços de faxina, trabalha na cozinha, estuda o idioma, participa de rituais e vai tentando se adaptar à rotina da vida no templo… É o período de passar por dificuldades iniciais que darão à pessoa a certeza (ou não!) de que serve para a vida monástica. Espere passar PELO MENOS, seis meses nessa situação – recebendo ordens, trabalhando muito, fazendo todo tipo de serviço em troca de um lugar para dormir e comida, apenas!
Sempre dependendo de cada Tradição, o período seguinte é a ordenação inicial, como noviço ou noviça. A pessoa que quer ser monge ou monja terá que se preparar, decorar recitações e fazer ensaios para a Cerimônia de Ordenação Inicial. Ficará aos cuidados de um(a) PRECEPTOR(A), a quem deverá obedecer e passar a maior parte do tempo juntos. Noviços e noviças trabalham muito, são testados constantemente, levam broncas e aprendem a ouvir em silêncio, sem xingar nem revidar. Dependendo da Tradição Cultural, PODE HAVER (vejam bem: PODE HAVER, não obrigatoriamente!!) castigos físicos, como ficar ajoelhado no pátio, puxões no nariz ou até uma bofetada…
Os horários dos templos são bastante rígidos, com a hora de acordar em torno das 04:30 da madrugada, tarefas e aulas o dia todo, nada de TV ou confortos! Muitos templos não têm água quente e os dormitórios coletivos são desconfortáveis… Tenha sempre em mente que um templo budista não é um Spa nem hotel cinco estrelas e a vida monástica é REAL, não é como nos filmes e novelas.
Após um período longo (dois anos ou mais) na condição de noviço ou noviça , o Preceptor decidirá quando a pessoa que quer ser monge budista está em condições de receber a Ordenação Superior. Daí, novos preparativos serão feitos para a cerimônia e, somente então a pessoa se tornará monge ou monja budista.
O correto é que, mesmo após se tornar monge ou monja, a pessoa continue servindo e convivendo com o Preceptor e, só após 5 anos de convivência, finalmente, possa seguir sozinho, tomando suas próprias decisões.
Esta matéria não tem a pretensão de ser um “manual de como ser monge budista”, mas apenas visa orientar possíveis candidatos, com base em minha própria experiência, dificuldades e frustrações.
Quem quiser maiores informações, orientação e até mesmo um treinamento inicial, fique à vontade para estabelecer contato comigo e ajudarei no que estiver ao meu alcance!
Boa sorte em sua busca! Fiquem todos em Paz e protegidos!
सुनन्थो भिक्षु
Rev. SUNANTHÔ BHIKSHÚ
outubro 19, 2011 at 23:30
Muito interessante, obrigada pelas informações, apesar de não ter essa vocação, sou adimiradora da religião .
Um grande abraço
Priscila
março 20, 2012 at 19:52
Eu também! Gosto muito de visitar templos budistas. Faço isso sempre que tenho oportunidade quando viajo.
outubro 20, 2011 at 21:07
Porfavor, tem como me passar o teu contato? para eu poder tirar algumas duvidas?
Muito obrigado amigo!
fique em paz!
outubro 21, 2011 at 15:11
Caro Ismael, Namaste!
Contatos comigo podem ser feitos por e-mail: bhantesunantho@hotmail.com ou caso mores em São Francisco de Paula ou Porto Alegre, pelo meu celular: (51) 9696-4704
Fique em Paz e protegido!
dezembro 18, 2011 at 22:19
Não tenho vocação para monja mas quero viver uma vida de renúncia e de dedicação ao próximo. Busco um lugar que possa me ajudar. O Budismo pode me ajudar?
janeiro 2, 2012 at 20:43
Com certeza muito interessante sua matéria, estava altamente interessada nessa vocação, inclusive passei ano todo passado estudando muito textos e livros budistas. Mas pelo visto o racismo vai dificultar para o meu lado lá.. rsrs De qualquer forma espero ajudar a todos os seres na profissão que eu exercer como médica, ajudando a curar de doenças e assim podendo fazer o minimo para que eles possam ter ao menos um poco de felicidade momentânea..
janeiro 3, 2012 at 14:57
Há inúmeras maneiras de praticarmos o Buddhismo. Ser monge ou monja é apenas uma delas e, certamente, não para todo mundo, porque nem todas as pessoas estão dispostas ou prontas para abrir mão da maioria das coisas consideradas “boas” e “normais” da vida.
Ninguém precisa abraçar a vida monástica para ser um bom buddhista. Na verdade, já conheci muitos leigos que são muito melhores que a maioria dos monges com os quais convivi na Ásia! Mesmo o Buddha, teve muitos discípulos e discípulas leigos que muito contribuíram para a continuidade do Buddhismo no mundo! Seja feliz em sua jornada! Fique em Paz e protegida!
Vantê SUNANTHÔ BHIKSHÚ
fevereiro 17, 2012 at 22:47
Muito bem colocado rev.! Eu estou prestes a fazer os primeiros votos, contudo é muito difícil … Estou aprendendo o idioma nativa ( como é Budismo Japonês, obviamente é Japonês que estou aprendendo). Sou um afortunado no sentido de que um templo no Japão irá custear meus estudos, no entanto a disciplina ( isso na visão ocidental) é rígida.
fevereiro 23, 2012 at 14:15
GANBATTE KUDASSÁI! Sua vida no Japão estará bem longe de ser fácil! Muitas vezes chegará a pensar em desistir e voltar correndo – nem que seja a pé! Vai se sentir rejeitado, discriminado, inútil… Com certeza, vai se lembrar destas minhas palavras. Quando isto acontecer, espero também que se lembre de todos os ocidentais que passaram por coisas muito piores e conseguiram. Hoje são grandes monges, realizados no Caminho do Buddha. É neles que deve pensar, respeitando-os e tomando-os como exemplo. Ficarei feliz se puder se espelhar, também, neste pobre monge Theravada que lhe mandou esta mensagem! Sempre que precisar de qualquer ajuda, desabafo ou conselho, estarei aqui! Fique em Paz e protegido!
Vamtê SUNANTHÔ BHIKSHÚ
junho 14, 2012 at 13:58
sendo eu uma ex~travesti,posso seguir a vida monástica???
junho 17, 2012 at 16:51
Caro Márcio Cesa, Namaste!
O Buddhismo não faz qualquer discriminação sobre sexualidade e atração sexual. Todos os seres têm igual direito de serem felizes e não existe “culpa” nem pecado. Portanto, a questão não é quanto ao sexo pelo qual você sente atração e prazer. O que fica difícil de entender é o fato de ser “ex-travesti”… O que você é, o que você se considera, como você se sente… Estas perguntas têm que ser respondidas, antes de mais nada, por você mesmo, entende?
A vida de um MONGE e de uma MONJA têm dificuldades diferentes, Preceitos diferentes e trabalhos diferentes também. A princípio, não vejo impedimento, mas um MONGE tem que ter um comportamento definido como masculino e uma monja como feminino… Isto é muito importante para a continuidade da dignidade e seriedade da Comunidade Monástica como um todo, certo? Se quiser, fique à vontade para conversar mais sobre suas questões. Fique em Paz e protegido!
junho 18, 2012 at 19:51
sinto falta de algo k no meu dia a dia nao consigo encontrar o voluntariado aquece me o coraçao mas sinto a falta de algo mais espiritual.nao perciso de nada que tenho mas sim de algo que posso ter.perciso de encontrar a meu eu a minha paz espiritual.nao me importo de trabalhar do sol nascente ate ao solse deitar ,nao me importo de ter que dormir com os animais passo o que for preciso para me encontra. so queria saber o que perciso faser para conseguir faser algo que que me sinta preenchida.
junho 19, 2012 at 18:43
Cara Vera Lucia, Namaste!
Tornar-se monge ou monja no Buddhismo, é uma decisão seríssima, para a qual a grande maioria das pessoas não está preparada… Isto porque a vida monástica, além de muito rigida e disciplinada, envolve uma série de coisas que as pessoas pensam ser fácil, mas não são. Abrir mão de coisas que a gente faz no dia a dia e acha normal, como sair com amigos, beber, dançar, participar de festas etc. Tudo isso tem que ficar para trás, ser abandonado.
Além disso, notei em sua mensagem a sua procura de seu “eu” e paz “espiritual”… Nem uma coisa nem outra existem no Buddhismo! O Buddhismo ensina que NÃO EXISTE NADA para chamarmos de EU e não temos nenhuma alma ou ESPÍRITO, portanto, sua busca não estaria na vida monástica. Pelo menos não sem uma grande quantidade de estudo profundo do Ensinamento do Buddha, antes de tomar uma decisão tão importante!
Sugiro que leia muito as matérias deste site, procure conhecer ao máximo a Tradição Theravada, que é o ENSINAMENTO ORIGINAL, como o Buddha realmente ensinou e, depois, decida primeiro se o Buddhismo serve para você. Se servir, há a vida de LEIGA SEGUIDORA DO BUDDHISMO e, por último, pensa em se tornar monja, ok? Fique em Paz e protegida!
julho 8, 2012 at 02:27
Olah Rev.,
parabens pelo post!
Muitas informacoes passadas de forma bem clara e sincera.
Namaste!!
julho 8, 2012 at 10:01
Namaste, Diana! Fico contente que a matéria lhe tenha sido útil. Na verdade, não há uma semana que passe sem que, pelo menos 30 pessoas leiam esta matéria! É a mais lida do Blog. Estou pensando até em escrever uma segunda parte, com mais detalhes. Fique em Paz e protegida!
julho 23, 2012 at 15:27
A minha vontade é de ir direto a fonte gostaria de ir a China para tal coisa aprecio a paz que estes monges tem isso me fascina é algo realmente maravilhoso.
julho 24, 2012 at 10:03
Namaste!
Lamento lhe informar que o local MENOS provável que possa receber uma Ordenação Monástica é a China! O governo Comunista não aprova, muito menos apoia qualquer crença, portanto, os poucos monges buddhistas que vivem na China, são quase que “atração turistica”, para manterem abertos os Templos Buddhistas, que tanto agradam a pessoas que pensam como você…
Se tem realmente VOCAÇÃO para se tornar monge, e não uma simples fascinação pelos monges mostrados nos filmes, o país seria Taiwan e não a China continental… A vida de um monge chinês não é nada fácil, a começar pela dura vida dos noviços, que trabalham muito o dia todo. Após ALGUNS ANOS, se aprovado por um mestre, TALVEZ receba a Ordenação, numa Cerimônia onde rasparão sua cabeça e, na presença de outros monges (para segurar você…) seu couro cabeludo será perfurado com uma vareta grossa de incenso em braza, deixando sua cabeça com três furos que permanecerão para sempre…
Se isto lhe interessar, deverá fazer contato com um Templo Chinês aqui no Brasil, conversar com o Abade e, se ele achar que você tem o perfil para ser monge, começará a trabalhar bastante aqui mesmo no Brasil, até ter condições de ser mandado para Taiwan… O primeiro passo, entretanto, é começar a juntar MUITO DINHEIRO para a viagem, visto, despesas pessoais etc.
Se quiser mais detalhes, é só me mandar outra mensagem. Fique em Paz e protegido!
agosto 5, 2012 at 21:55
Namaste !! Boa Noite !! ja tem meses , que ando meio angustiado de viver nesse mundo de , ódio , ganância , onde é julgado quem tem mais dinheiro , tem mais poder , acho isso totalmente errado . Ja tem mais ou menos 1 ano , que ando praticando a meditação , isso de fato mudou drasticamente minha mente , nao só a mente como minha vida tambem. E ando pensando em torna um monge budista , sei que não e facil , mais esperança é a ultima que prevaleçe !! abraço amigo !!
agosto 15, 2012 at 16:01
Novamente o dinheiro está na frente, então nos pobres mortais não podemos fazer parte daquilo que para nos é tão importante
agosto 18, 2012 at 21:31
Muito legal o seu post, eu tive uma oportunidade de participar de uma vivência monastica no templo zulai de sp, mas acabei não indo, estou procurando uma forma de aproximar mais do budismo , voçê conhece algum lugar aqui no Brasil ou no ociedente mesmo que tenha este tipo de vivência monástica ? abraços irmão e obrigado!
setembro 12, 2012 at 16:39
quero ser um grande evangelizador do budismo ,em todo o mundo ,fazer isso e possivel?
setembro 12, 2012 at 16:43
oi e possivel se tornar um monge aqui no brasil ?
setembro 13, 2012 at 14:59
Caro Leonard, Namaste!
Grato por sua visita ao meu Blog e pela sua mensagem que deixou nele!
Tornar-se um monge buddhista é, provavelmente, uma das decisões mais sérias que alguém pode tomar na vida, principalmente para nós, ocidentais.
Na Ásia, onde muitos países tem o Buddhismo como principal Ensinamento, é comum que as pessoas sigam a vida monástica. Lá, têm todo o apoio, facilidades, incentivo e ajuda para uma vida monástica segura e onde nada lhes falte. Se, por acaso, a pessoa desiste de ser monge ou monja, a Sociedade está preparada para aceitar a pessoa, dar-lhe emprego, suporte etc. Aqui no Brasil, um país que pouco sabe sobre Buddhismo, largar a vida de leigo para abraçar uma vida monástica é um risco muito grande porque, uma vez que a pessoa não se adapte, dificilmente encontrará um lugar de volta no mercado de trabalho e na vida social.
Mesmo assim, se você realmente se decidir por tornar-se monge, terá que escolher a Tradição Buddhista que mais lhe agrade. São muitas as opções. Terá que visitar Templos, conversar com os responsáveis e saber se o templo escolhido oferece possibilidades de um Treinamento Monástico sério e habilitado. Se for o caso, talvez passe um tempo ainda no Brasil, para a fase inicial mas, cedo ou tarde, deverá ser mandado a algum país da Ásia, ao qual o templo é afiliado, para continuar um treinamento mais profundo – isto é inevitável e fundamental para que você se torne um bom monge, forte e preparado para as dificuldades da vida monástica. Saiba que as despesas com passagem, passaporte, visto e muitas outras mais, NORMALMENTE, são por sua conta e não se iluda que o templo vai pagar tudo para você, porque isso nem sempre é verdade!
Também considere que, em muitos países asiáticos, o conhecimento de inglês é quase nada! Pouquíssimos países terão condições de treinar você em inglês e os treinamentos são na língua original de cada país: tailandês, tibetano, japonês etc., dependendo da Tradição que você decidir seguir para se tornar monge.
Em sua mensagem, você mencionou a palavra “EVANGELIZAR” pessoas no Buddhismo… Saiba que, em nenhuma Tradição Buddhista isso existe! Nós não saímos por aí ensinando Buddhismo para que as pessoas se convertam e passem a segui-lo. Muito pelo contrário! Nem mesmo o Buddha, nunca insistiu para que alguém passasse a ser um seguidor. Nós apenas PRATICAMOS os Ensinamentos e, CASO ALGUÉM se interesse, é bem-vindo para aprender o que tivermos para ensinar. As pessoas seguem nosso EXEMPLO e nunca são catequizadas ou “evangelizadas” para seguirem o Buddhismo, ok?
Caso tenha mais perguntas e se interesse pelo Buddhismo Theravada Brasileiro em particular, fique à vontade para fazer quantas perguntas quiser, ok? Fique em Paz e protegido!
outubro 2, 2012 at 13:05
muito esclarecedor o post, rico em conteúdo e informação, ja desisti de ser monja mas vou continuar apreciando.
outubro 2, 2012 at 13:11
Gostaria muito de tomar a iniciativa de construir um retiro no Brasil, a pensamento de ser monge ou monja de algumas pessoas,as vezes decorre de ter tantas decepções e desgosto na vida, da aquela vontade de se isolar do mundo e todos,ir para um lugar calmo e tranquilo, quando pensamos em monge,pensamos nisso,iguais a filmes, mas é bem diferente. meu desejo seria encontrar um lugar assim, onde não pensasse em dinheiro, matéria. somente buscasse a paz de espirito. tenho alguns projeto apenas em papel para construção deste retiro, e estou aberta a quantas pessoas se sentirem nesta condição, de poder ter um refugio, um descanso me contatem para quem sabe talvez conseguir por este projeto em função jaquelinequeline@hotmail.com
outubro 3, 2012 at 08:30
Cara Jaqueline, Namaste!
Grato por sua visita ao meu Blog e por sua mensagem! Realmente, tornar-se monge ou monja não é uma decisão fácil e deve ser muito bem pensada e ponderada.
Quanto a um local para Retiros e Prática, nosso país realmente carece de locais apropriados. Os Retiros de Meditação, normalmente são realizados em hotéis fazenda, chácaras e sítios que alugam as dependências para essas atividades e, em geral, os organizadores pagam caro e muitas vezes tiram “do próprio bolso” para cobrir as despesas, já que o número de participantes é pequeno e não se pode cobrar muito caro, ou ninguém comparece!
Um projeto para construção de um local propício para Retiros é algo bastante bem-vindo, embora caro. Se você dispõe de recursos para aplicar nisso, seria ótimo. Eu mesmo tenho imensa dificuldade de captar recursos financeiros para terminar a construção de meu Vihara (Templo) e nem imagino quando poderei ter o local todo pronto, dentro do que planejei, por isso sei o quanto é difícil! Boa sorte em sua empreitada! Fique em Paz e protegida!
outubro 10, 2012 at 01:06
Parabéns pelo texto, que traz uma outra abordagem sobre a vida monástica. Moro em Salvador e o budismo aqui ainda é inexpressivo.
Gostaria de saber quais livros você recomendados para conhecer mais sobre as diferentes escolas do budismo. Interessei-me pelo Soto Zen, mas aqui não há nenhum templo dessa linhagem, ao passo que, nas livrarias locais, esse acervo bibliográfico é raro.
Desde já, grata.
outubro 10, 2012 at 07:11
Cara Ingrid, Namaste!
Obrigado por sua visita ao meu Blog. Fico contente que tenha gostado do que leu.
Quanto à indicação de livros, não costumo fazer isso, pela seguinte razão: para que eu indicasse, seria necessário ter lido e concordado NA ÍNTEGRA, com o que o autor disse e isso é difícil, já que as pessoas têm diferentes pontos de vista e opiniões. O único “autor” que eu recomendo é o próprio BUDDHA, por ser um Iluminado, de Ensinamento inquestionável.
Se você se interessou pela Tradição Soto Zen, aconselho que procure na Internet a Ven. Monja Coen, o Grupo Zen de Londrina (PR) ou o Via Zen, em Porto Alegre. Se quiser, pode mencionar meu nome e eles saberão como orientar você. Boa sorte em sua busca. Fique em Paz e protegida!
outubro 11, 2012 at 09:54
Muito obrigada pela atenção e informação; farei o que me sugeriu. Paz e harmonia a todos!
outubro 29, 2012 at 13:33
como que eu faco para ser um monge de verdade
outubro 30, 2012 at 08:34
Caro Carlos, Namaste! Obrigado por sua visita ao meu Blog e por seu comentário. Entretanto, acho que não entendi bem sua pergunta quando se refere a “monge de verdade”. Toda pessoa que receba o Treinamento Monástico transmitido por um Monge gabaritado a treinar noviços e, posteriormente, receba a Ordenação Superior, é um monge de verdade… Já se, na prática, a pessoa vai ser ou não UM BOM MONGE, isso fica com a consciência de cada um…
Se não foi essa a sua dúvida, pode fazer novo contato que tentarei explicar, ok? Fique em Paz e protegido!
novembro 6, 2012 at 18:21
mestre negros sao aceito em monasterios
novembro 6, 2012 at 20:30
Caro Ricardo, Namaste! Obrigado por sua visita ao meu Blog e por seu questionamento.
O Buddhismo não faz diferenciação alguma entre os seres – nem mesmo entre humanos e animais, então, como poderia fazer diferenciação entre a cor da pele dos seres humanos??? Somos todos iguais e todos temos em nós o potencial para nos tornarmos BUDDHAS, portanto, negros, brancos, amarelos ou qualquer outra cor que alguém possa imaginar, são apenas aparências externas!
Os monges do Sri Lanka têm a pele muito escura, um tom diferente de negro, que não é igual à pele dos Africanos… Atualmente o Buddhismo está em expansão na África e algumas Tradições já criaram até mesmo uma imagem de Buddha NEGRO, para que os africanos tenham mais afinidade com ele, portanto, acho que respondi à sua pergunta, não é? Esteja à vontade para perguntar sempre que tiver dúvidas! Fique em Paz e protegido!
janeiro 25, 2013 at 18:59
olá!
Há limite de idade para iniciar a vida monástica?
Pelo que entendi, no Brasil não há ordenação em nenhuma das tradições budista. Sendo assim, uma pessoa que comece seu treinamento, mas não consiga recursos para viajar para o exterior, fica no treinamento indefinidamente ou após algum tempo é convidado a desligar-se?
janeiro 26, 2013 at 09:57
Cara Regina, Namaste!
Obrigado por sua visita ao meu Blog e pelo questionamento.
Não posso responder por todas as Tradições Buddhistas presentes no Brasil. Em relação ao Buddhismo Theravada Brasileiro e somente no que se refere a ele, por ter sido fundado por mim, posso lhe orientar da seguinte maneira: O Treinamento na Ásia, em um país de Tradição Theravada (Sri Lanka, Tailândia, Camboja, Mianmar) excetuando o Laos, pelas dificuldades que o Buddhismo sofre por causa do governo Comunista, é indispensável, para uma formação sólida na vida monástica. Somente um Treinamento aqui no Brasil, não garantiria a força que um monge ou monja têm que ter para enfrentar as dificuldades do monasticismo, principalmente dentro da Tradição Theravada, onde nós monges não podemos trabalhar para nos sustentar.
Conforme foi explicado na matéria, as despesas para tal treinamento fora do Brasil, decorrem por conta do TREINANDO, o que não significa que o Monastério não possa tentar maneiras de viabilizar a ida ou manutenção do treinando no exterior, porém, sem compromisso de arcar com todas as despesas.
Ficar indefinidamente como Treinando e, um dia ser convidado/a a se retirar, seria uma imensa crueldade e um desrespeito à vida emocional/profissional de qualquer pessoa! Seria fazer com que a pessoa largasse sua vida diária, para morar em um Monastério e, depois de um tempo, forçar a pessoa a tentar se enquadrar no mercado de trabalho e na vida em sociedade. Não acredito que alguém pudesse fazer tal crueldade.
Caso eu não tenha sido claro ou tenha mais dúvidas, pode me perguntar! Fique em Paz e protegida!
fevereiro 14, 2013 at 02:58
Uma pessoa com tatuagem, pode seguir a vida monástica no budismo Theravada?
fevereiro 14, 2013 at 08:26
Caro Cesar Mandelli, Namaste!
Obrigado por sua visita ao meu Blog e por sua mensagem!
A resposta é SIM! Na verdade, eu mesmo tenho uma pequena tatuagem, no braço esquerdo, feita quando ainda era jovem… Grande parte dos monges Theravada na Tailândia e no Camboja tem o corpo cheio de tatuagens, com símbolos mágicos e letras estranhas, que nada têm a ver com o Buddhismo, mas fazem parte de uma superstição daqueles países de que esses símbolos “fecham o corpo” e protegem contra diversos perigos! Volto a dizer que isso NÃO É BUDDHISMO!
O que não deve ser feito é acrescentar tatuagens ao corpo depois de se tornar monge, mas elas não são impedimento para que alguém tenha a Ordenação Monástica.
Caso queira mais orientação sobre como se tornar monge dentro da Tradição Theravada, pode continuar usando este Blog ou me encontrar no Facebook. Fique em Paz e protegido!
Bhante Sunantho Bhikshu
fevereiro 15, 2013 at 02:29
Muito obrigado pela resposta e por todo conhecimento compartilhado em seu site, Bhante Sunantho Bhikshu!
fevereiro 17, 2013 at 04:33
Namaste! Mestre, gostaria de saber qual a visão que o budismo possui em relação ao sexo. Para um monge, é proibido? O que seria o “sexo impróprio”?, obrigado desde já!
fevereiro 19, 2013 at 07:48
Caro Cesar Mandelli, Namaste!
Obrigado por mais uma visita e por seu questionamento!
O Buddha estabeleceu a regra bem clara quanto ao CELIBATÁRIO MONÁSTICO, ou seja, nós monges e monjas não podemos praticar sexo e, caso aconteça quem infringiu à regra deixa de ser monge ou monja. É uma das Quatro PARAJIKÁ – as regras que não têm chance de serem reparadas nem mesmo com afastamento ou julgamento – quando quebradas, o cancelamento da Ordenação é imediato.
Quanto aos buddhistas LEIGOS (seguidores que não são monges ou monjas) a prática sexual segue o bom senso, ou seja: evitar o excesso, evitar a promiscuidade (orgias, sexo com pessoas estranhas, maus hábitos de higiene, doenças venéreas etc.) e, para aqueles que já tomaram Refúgio (Tomada de Refúgio é o nome da Cerimônia para tornar-se oficialmente buddhista) deve ser seguido o Terceiro Preceito – “Eu aceito para mim o Treinamento Mental de não ser desleal à pessoa com quem assumi um compromisso de vida a dois.” Portanto, se a pessoa – tanto o homem quanto a mulher – decidiu que só terá uma vida sexual com uma determinada pessoa, escolhida para uma vida a dois, só poderá ter relações extra-conjugais com o CONHECIMENTO E CONSENTIMENTO da outra pessoa. Do contrário, isto é quebra do Terceiro Preceito.
Esta quebra do Preceito é o que chamamos de “sexo impróprio”. No Buddhismo, não há qualquer recriminação quanto ao homossexualismo, pois todos os seres têm iguais direitos de serem felizes. Claro que o Terceiro Preceito vale também para homossexuais, tanto masculinos quanto femininos, ok? Fique em Paz e protegido!
março 17, 2013 at 12:27
Olá सुनन्थो भिक्षु
Rev. SUNANTHÔ BHIKSHÚ
Só estou aqui para deixar uma mensagem de agradecimento pelo trabalho realizado. É muito mais confortante tomar uma decisão após ler seus textos e navegar pelo blog.
Um Abraço
março 20, 2013 at 20:04
Namaste, Gabriel!
Fico grato por suas palavras e contente por saber que meu Blog lhe foi útil!
É sempre bem vindo, inclusive para fazer críticas e perguntas! Fique em PAZ e protegido!
março 21, 2013 at 08:08
Caro Gabriel Mota, Namaste!
Obrigado por sua visita ao meu Blog e por suas palavras!
Fico contente que meu Blog lhe seja útil. É sempre bem-vindo a visitar e fazer questionamentos! Fique em Paz e protegido!
março 19, 2013 at 15:49
Boa tarde!
Eu não sou grande conhecedor do Budismo (não conheço muito sobre as vertentes, por exemplo) mas o admiro muito, praticando meditação diariamente (mesmo que não seja uma atividade única do budismo). Eu gostaria, se possível, de sua opinião, ou de qualquer outro, sobre essa situação:
Quando eu me formar da faculdade gostaria de me retirar por pelo menos um ano para viver como um monge budista (ou como aprendiz, no caso), mesmo que eu não vire um monge em si (como elucidado no texto), apenas para conhecer a religião em seu íntimo, no dia-a-dia, mesmo que seja algo bem rigoroso (sei de todas as privações e rigores). É algo motivado completamente pela experiência de viver esse modo de vida, senti-lo na pele, criar esse vínculo com a religião, buscando minha própria espiritualidade.
Isso é possível? Se o meu desejo te ofende de algum modo peço desculpas antecipadas.
março 21, 2013 at 08:13
Caro Danilo, Namaste!
Obrigado por sua visita ao meu Blog e por seu questionamento!
De forma alguma foste ofensivo e tua vontade de experimentar a vida monástica é bastante surpreendente e louvável, pois poucas pessoas realmente se interessam por isso ou teriam a coragem de tentar!
Como é um assunto longo e delicado, que envolve perguntas e respostas, farei contato contigo através do e-mail que indicaste em tua postagem. Caso não recebas minha mensagem, tente novo contato através deste Blog, combinado? Fique em Paz e protegido!
abril 24, 2013 at 18:26
Bom antes de tudo com licença.
Tenho 18 anos e sou orfão, moro na casa de uma tia e não sou nada próximo dela socialmente falando, gosto muito de estudar, não tenho muitos amigos e sou bem sozinho, nunca dei muito valor a sexo e bens matérias, desde pequeno sinto que sou diferente e ate já pensava em algo do tipo mas tive essa ideia totalmente formada quando comecei seguir algumas filosofias do Budismo aos 13 anos, sei que sou diferente porque quando conheço alguém só estou com a intenção de fazer o bem, como passar uma filosofia e tal, diferente da maioria das pessoas que só estão interessadas nas pessoas por outras intenções a mais, como sexo e dinheiro, bom você deve ta se perguntando onde eu quero chegar né? Eu sei que não sou feliz no modo que vivo, queria ter mais paz e conviver com pessoas mais sábias e que eu possa passar algo de bom sem ser julgado como moralista, como você é alguém que é mais entendido do assunto de se tornar monge saberia como eu consigo me tornar um? Porque sou pobre mas do minha palavra que é o que mais quero na vida.
E é isso espero que me responda, obrigado.
abril 29, 2013 at 11:36
Namastê!
Sempre busquei uma alternativa de vida que me permitisse o retiro e o silêncio, e também dedicar-me a algo realmente significativo.
Creio que a vida monástica seja a melhor maneira de dedicar-se a isso.
Independentemente do caminho que eu siga, gostaria de agradecer pelos seus esclarecimentos, foram muitos úteis para mim.
Obrigado!
junho 27, 2013 at 14:15
gostaria de saber porque monges budistas tem o braço esquerdo coberto e o direito descoberto. Porque a cor açafrão?
junho 29, 2013 at 19:13
Cara Sonia, Namaste!
Obrigado por tua visita ao meu Blog e teu questionamento!
Na verdade, o ombro coberto ou não depende do estilo de manto de cada Tradição Buddhista. Os chineses, japoneses e coreanos usam mantos diferentes, que não descobrem o ombro direito. Já os tibetanos e nós, monges Theravada, temos esse tipo de manto que deve ser mais próximo do original, embora não haja registro algum de como eram os mantos à época do Buddha.
O que se lê, nas Escrituras, são passagens que relatam:”… Ao aproximar-se do Buddha, DESCOBRIU o ombro direito, em sinal de respeito, deu três voltas em torno dele, mantendo o ombro direito voltado para ele…” donde se conclui que descobrir o ombro era um sinal de respeito, assim como na era moderna, as pessoas tiravam o chapéu para entrar na igreja e, até hoje, os judeus cobrem a cabeça para entrar nas sinagogas…
Quanto à cor açafrão, ela tem duas finalidades: por Preceito (que, felizmente já não é seguido!!) os monges só podiam tomar banho UMA vez a cada dois meses! Imagine o quanto deviam cheirar mal, no calor da Índia… Assim, os mantos eram tingidos com uma tinta feita da casca de uma árvore, parente da jaqueira, que era fervida e nela os mantos eram mergulhados. O resultado era a cor açafrão e essa tintura tinha um efeito DESODORANTE que diminuía o mal cheiro do suor.
A outra finalidade, pode ser vista ainda hoje nos trabalhadores noturnos nas ruas e estradas… A cor açafrão é facilmente visualizada à distância! Os motoristas poderiam atropelar quem está trabalhando nas ruas ou estradas se a cor não fosse bem visível, sinalizando que há alguém na pista. Da mesma forma os caçadores que vagavam pelas florestas escuras, poderiam acertar uma flecha ou lança nos monges que andavam na mata fechada. Assim, a cor açafrão ajudava a sinalizar a presença de alguém e os caçadores não se confundiam. Ok?
Fique em Paz e protegida!
julho 1, 2013 at 17:22
Nossa, nem esperava uma explicação assim tão clara. Muito obrigada!
Sem querer abusar de sua tão boa vontade, gostaria ainda de saber se é possível uma cura física e espiritual à distância. Sou encantada pelo Tibet. Conhecer esse fascinante País seria para mim, um sonho realizado.
Mais uma vez, muito obrigada.
Namastê
julho 21, 2013 at 10:37
Namaste, Sonia!
Obrigado, mais uma vedz, por teu contato e confiança na minha orientação.
Quanto a “curas espirituais”, pessoalmente ou à distância, não é prática do Buddhismo Theravada e, portanto, não posso te dar orientação alguma sobre o assunto. 🙂
Fique em Paz e protegida!
julho 18, 2013 at 12:40
Olá, tenho algumas duvidas que necessitam ser esclarecidas, tens como me passar um email de contato? Tentei pegar um email que publicou em uma resposta de comentário, mas pelo jeito não está mais ativo, deu erro quando tentei enviar um email. Grato desde já, ótimo trabalho e ótimo post. Fique em paz e protegido!
julho 21, 2013 at 10:40
Namaste, Zion!
Agradeço por tua visita ao meu Blog e pela confiança na minha orientação.
Estarei enviando uma mensagem a este teu e-mail, para que faças as perguntas que quiseres.
Fique em Paz e protegido!
agosto 19, 2013 at 23:59
[…] https://theravadaforall.wordpress.com/2011/02/25/como-faco-para-ser-monge-buddhista-how-do-i-become-a… […]
agosto 21, 2013 at 13:50
o dificio e q eu só tenho 12 anos e minha mae e meu pai não vão deixar
mais o q eu mais queria é nasce na china antiga ai poderia ser monge sempre quis ser monge posso paçar no treinamento rígido tenho muita vontade de aprender com monges budistas
setembro 20, 2013 at 22:21
Gostaria de saber se é permitido ao monge ser membro de Ordens iniciáticas ocidentais. Agradeço pelas informações que foram deixadas aqui nesse blog, muito elucidativas e diretas. Paz Profunda.
setembro 22, 2013 at 09:21
Namaste!
Por Preceito, nós monges não podemos pertencer a partidos políticos, associações desportivas, clubes de atividades sociais etc. Não sei exatamente a que te referes como Ordens Iniciáticas Ocidentais e, se quiseres esclarecer, te responderei de modo mais objetivo.
Tudo aquilo que não for exatamente ligado ao Dharma, deve ser evitado por quem opta por ser monge. Ok?
Fique em Paz e protegido!
setembro 22, 2013 at 20:50
Boa noite, tenho me interessado pelo assunto “ser monja”, e agradeço bastante seus esclarecimentos, porém a forma como coloca, das consequências de uma investida para o resto da vida assim com pontos que me parecem dogmáticos, me faz pensar melhor. Acredito numa prática de devoção para um sentimento maior e gostaria de saber se, com tudo que coloca a essência é esta?
setembro 23, 2013 at 14:08
Namaste, Maria Stella!
Obrigado por tua visita ao meu Blog e por teu questionamento!
Talvez eu possa te responder de modo correto se me explicares o que chamas de “devoção por um sentimento maior”. Casar-se com a pessoa amada pode ser devoção a um sentimento maior… Dedicar-se à profissão para a qual estudou pode ser devoção a um sentimento maior… E assim por diante, portanto, não ficou claro para mim o que esperarias da vida monástica. Ok? Fique em Paz e protegida!
outubro 13, 2013 at 15:36
Prezado Rev. Sunantho Bhikshu,
O senhor enfatiza que essa experiência de virar monge é cara.
Gostaria de saber se poderia me dar uma noção da questão financeira no treinamento na ásia: Índia,Tibete ou Japão.
Agradeço sua atenção.
outubro 23, 2013 at 15:38
Caro Renan, Namaste!
Obrigado por tua visita ao meu Blog e pelo questionamento.
Não acho que eu tenha exatamente ENFATIZADO que o processo de Ordenação é caro… 🙂 Antes, procurei alertar, já que muita gente acha que tudo corre por conta do templo buddhista, bastando largar toda a vida materialista para trás e nunca mais pensar em dinheiro… A coisa não é bem assim e acho que é importante que quem pretenda se tornar monge tenha isso em mente, para não se decepcionar.
Quanto aos países que perguntastes, são justamente os que não posso dar ideia alguma! No Japão, estive duas vezes, como convidado. Nunca morei lá, mas, como todos sabem é um país caro e rico. Como é de Tradição Mahayana, não tenho o que comentar sobre uma possível Ordenação por lá… O Tibete é, há muito tempo, uma parte do vasto território chinês e não creio que ainda haja ordenação buddhista por lá… De qualquer forma, também é local de Tradição Mahayana (antigamente chamava-se o Buddhistmo Tibetano de VAJRAYANA, mas, atualmente, o Vajrayana está incluído no chamado Mahayana). Já a Índia, não é um país buddhista e o Buddhismo praticamente desapareceu de lá, desde a invasão muçulmana. É um país dividido entre Hinduísmo e Islamismo, com pequena parcela da população seguindo o Buddhismo, que, felizmente, está crescendo, ainda que devagar.
Não há uma “tabela de ordenação”… Tudo vai variar de acordo com o preço das passagens para o país escolhido, alimentação, renovação de visto e como sair do país onde está para renovar o visto, que meio de transporte vai ser usado (trem, avião, ônibus etc.) Meu conselho é que tudo seja muito bem pensado e repensado antes de tomar qualquer atitude precipitada, interrompendo uma carreira profissional para correr atrás de algo que não se tenha certeza absoluta e, mesmo tendo, é importante deixar no Brasil algumas economias, para eventuais emergências ou, no caso de tudo dar errado e ter que voltar e recomeçar a vida.
Na pior das hipóteses, ter economias ajudará a começar com estabilidade uma vida monástica num país onde não há a cultura de fazer doações a monges!
Espero ter ajudado no esclarecimento de tua dúvida. Caso contrário, volte a perguntar e tentarei ser mais claro! Fique em Paz e protegido!
outubro 29, 2013 at 07:25
Rev. Sunantho bhikshu,
Agradeço te,
A clareza de tua resposta silencia e cessa muitas fermentacoes,sendo digna de louvor.
Pois bem, por andanças aqui, cogito que algo em torno de 5 a 15 mil reais brasileiros seja necessário e suficiente para algum começo nesse caminho no sudeste asiático e/ou indochina. Não mencionando aqui o fator pessoal…(além do fator financeiro-sendo separaveis ou não).
Muito obrigado! Namaste /\
novembro 1, 2013 at 20:28
Namaste, Renan!
Fico contente em poder clarear dúvidas. Sendo as moedas do Nepal, Índia e países do Sudeste Asiático muito fracas em relação ao nosso Real, levar a quantia que mencionastes deve ser suficiente para despesas de visto, viagens de avião e trem entre um país e outro e despesas extras é sempre aconselhável. Também, deixar aos cuidados de algum familiar a administração de uma conta poupança, caso algo dê errado e necessites voltar para o Brasil é bastante aconselhável.
Na pior das hipóteses, quando voltares ao Brasil, na condição de monge, terás como iniciar teu trabalho monástico no Brasil com uma certa autonomia, já que doações e apoio financeiro são quase que impossíveis de obtermos! Fique em Paz e protegido!
outubro 16, 2013 at 17:01
Namaste , Desde os 15 anos de idade tenho as palavras de Buda correndo em meu sangue de tanto que li a respeito nunca me esqueci , tento ver o mundo da mesma forma que todo mundo mas nunca consegui . Sempre tive repulsa pelo egoísmo , materialismo e o consumismo e a forma com que as pessoas competem , para chegar aonde ? Na verdade as pessoas não se veem mais . Rodei metade do mundo procurando o lugar perfeito e descobri que o lugar perfeito estava na compreensão e que não a tal lugar . Agora tenho 53 anos e acho que esta um pouco tarde para ser um monge , talvez para a próxima encarnação .Me desculpe ter tomado seu tempo só queria desabafar com alguém genial . OM MANI PADME HUM . Jorge : )
novembro 17, 2013 at 17:24
Ler essa publicação me tirou algumas dúvidas, e me esclareceu para outros pormenores. Não fazia ideia de que se gastava muito para ir a tempo. De fato, minha noção ia ao encontro dos estereótipos – personagens de filmes, por exemplo. É aquele pensamento de largar tudo que surge nos momentos depressivos, a fim se libertar de sentimentos autodestrutivos, como o apego.
novembro 19, 2013 at 23:01
Gratidão pelas dicas e por apresentar tão claramente as condições das diferentes fases de uma vida monástica. Haja visto o interesse de mtas pessoas para se tornarem monjes, pq realmente são atraídas pelo estilo de vida de monje ou monja? O q as tornam desinteressadas e buscam incessantemente por uma outra realidade, q a meu ver, não é nada diferente desta q vivemos socialmente?
Mais uma vez, obrigado pelas dicas. Sinto q, se estou aqui, algo realmente tem me feito despertar tbm por uma outra condição de vida, mesmo sabendo da tamanha ilusão q vivemos.
março 7, 2014 at 13:13
Não tenho do que abrir mão .., eu nada tenho … nem dinheiro para seguir viagem rumo a vocação de buddha …
sistema contraditório .